segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009


"Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro, eles alçam voo como de um alçapão. Eles não têm pouso nem porto; alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti..."

(Mario Quintana - Esconderijos do Tempo)

2 comentários:

  1. Poems are
    birds that come
    nobody knows from where
    and touch down on the book
    you are reading.
    When you close the book,
    they take flight,
    as if fleeing from a bird trap.
    They have no resting place,
    no haven,
    they feed, for an instant,
    from each pair
    of hands
    and leave.
    Then, you look
    at your empty hands
    wondrously surprised
    to know
    that their nourishment
    was already in you...

    Mario Quintana
    (translated by John D. Godinho)
    Poems in Time’s Hiding Places

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