sábado, 13 de abril de 2013


"Oi!
Espero que esteja com um tempinho para me ouvir.
Estava com uma dor estranha, e sabia que tinha algo a ver com você. Hoje fazem exatamente cinco meses, oito dias e algumas horas que você me deixou aqui, sem ao menos um adeus...
Me pego várias vezes rindo sozinha lembrando das nossas conversas e sinto um vazio quando lembro que você não vai mais voltar.
Sabe, dói pensar que não é mais uma das nossas brigas idiotas, que você ia embora e no outro dia voltava com um bilhetinho de "desculpas"... Dói ter que aceitar que eu nunca mais vou te ver com ciúmes dos meus novos amigos, ou ouvir o quanto você ama o que eu escrevo.
Tá doendo, mas e agora? O que eu faço? Não é fácil limpar as lágrimas e sorrir novamente, lembrando o quanto nós éramos felizes. Não vai ficar tudo bem...não adianta. Nunca mais...
Escondi todas as nossas fotos, guardei o poema que você escreveu pra mim junto com as travessuras da menina má...foi o último presente de aniversário que você me deu.
Que ironia, a menina má fez uma travessura que não tem mais volta.
Por que? Só queria uma resposta.
Tão mulher, mas ao mesmo tempo uma menina frágil e delicada. Cheia de sonhos. E nem me importa se eu já não estava mais entre eles...Só de sabê-los já era muito bom.
É ruim sentir isso. Me desculpa.
Sei que onde você está, agora, deve ser muito mais legal, deve ter encontrado amigos muito mais interessantes e um trabalho muito mais gratificante.
Só desejo todos os dias que você esteja bem e tenha entendido que eu nunca fiz nada com o propósito de te magoar ou te deixar triste. Eu sou assim mesmo, meio cabeça dura.
Aqui tá tudo bem, tá. Não se preocupe. Nunca ninguém irá substituir o seu lugar aqui dentro. Você foi e continuará sendo a minha melhor amiga.
Te amo muito, pra sempre e em todas as vidas.
Fica em paz, porque com Deus você já está!"

(Ela - Coisas Entre Aspas)

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